segunda-feira, 13 de maio de 2013

Castro Alves "O poeta dos escravos"


Esse mártir da Literatura pertenceu à chamada Terceira Geração do Romantismo. Sua obra poética subdivide-se em duas vertentes: a lírico-amorosa, na qual ele ainda conserva resquícios do subjetivismo cultuado pelos poetas da segunda geração.

Presa nos elos de uma só cadeia,
  A multidão faminta cambaleia,
  E chora e dança ali!
  Um de raiva delira, outro enlouquece…
  Outro, que de martírios embrutece,
  Cantando geme e ri…
  No entanto o capitão manda a manobra
  E após, fitando o céu que se desdobra
  Tão puro sobre o mar,
  Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
  Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
  Fazei-os mais dançar!…”
                                                                                                  Retirada do Poema  “O Navio Negreiro”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens populares